quinta-feira, 13 de setembro de 2012

DCE realiza debate sobre os efeitos da ADIN 4832 na UEA, ZFM e lança Abaixo Assinado



Dce realiza mesa redonda e lança abaixo assinado em defesa da ZFM e UEA

O Diretório Central dos Estudantes da UEA realizou, ontem (12), às 19h, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia – EST/UEA, um importante debate com a comunidade universitária sobre a Zona Franca de Manaus (ZFM) e a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) ajuizada pelo Governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os incentivos fiscais que atraem inúmeras indústrias para o Pólo Industrial de Manaus (PIM).

O deputado estadual Chico Preto (PSD), o representante do deputado estadual José Ricardo (PT) e o representante da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Carlos Alberto, explanaram sobre a sustentação técnica e jurídica da ZFM e, também, sobre os riscos da ADIN para a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), já que parte da receita da ZFM é destinada para um fundo que mantém a instituição.

Uma das questões mais abordadas pelos presentes foi a sucessão de ataques sofrida pela ZFM nesses últimos anos.  “Não é de agora que acontece isso, a Zona Franca é alvo de constantes ataques. Trago aqui alguns documentos para rememorar, como legislações por parte do governo de São Paulo e até mesmo por parte da União, na época de Fernando Henrique Cardoso, quando criou a Lei de Informática,” disse Carlos Alberto.

O Dep. Chico Preto disse que antes mesmo da decisão do STF Adin 4832 já tem prejudicado a economia do estado. “Você compraria uma casa que o terreno tem a posse discutida na justiça? É o que acontece com as empresas que param de investir no nosso pólo industrial com a dúvida se os incentivos fiscais irão permanecer,” ponderou.

Os membros do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UEA, juntamente com representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM) repudiaram a ação golpista do governador de São Paulo, do PSDB, e lançaram o abaixo-assinado em defesa da ZFM e da UEA.

PARA ALÉM DO DEBATE

Um suposto advogado da coligação do candidato a prefeito de Manaus Artur Neto (PSDB) apareceu no auditório da EST-UEA na tentativa de constranger os estudantes presentes com fotos, filmagens e questionamentos sobre os diretores do DCE. Em seguida, uma equipe do TRE-AM, acionada pelo próprio, apareceu no local da atividade com o objetivo de encerrá-la.
“Pensei que não ocorresse isso nos dias de hoje, você ter patrulhado o seu direito de expressão. Pensei que fosse coisa do passado. Estamos debatendo algo firme e ninguém aqui está mentindo, por isso não posso ficar constrangido em emitir minha opinião. É nessa hora que ficamos solidarizado em continuar a defender o que é nosso,” indignou-se o deputado Chico Preto.

O DCE-UEA, a UNE e a UEE-AM acreditam que vivemos num país democrático e todas as organizações tem direito de se posicionar sobre qualquer forma de agressão aos nossos direitos e ainda mais se tratando de um patrimônio que pertence ao nosso povo

3 comentários:

  1. O governador de São Paulo, assim como de qualquer outro estado tem o direito de questionar os incentivos do PIM. Assim como nós amazonenses temos o direito de lutar pela manutenção desses incentivos. O que precisamos é de representantes que vejam essa luta como uma bandeira dos amazonenses. Por que o O Diretório Central dos Estudantes da UEA (DCE-UEA) não repudia a inércia dos nossos deputados e senadores diante dessas medidas? Por que o O Diretório Central dos Estudantes da UEA (DCE-UEA) não repudiou a medida do Governo Federal que levou a produção de tablets pra fora do nosso Estado. Por que o O Diretório Central dos Estudantes da UEA (DCE-UEA) não repudiou a PEC da música? Por que o O Diretório Central dos Estudantes da UEA (DCE-UEA) não repudia a falta a descarada falta de interesse do Governo Federal pelo pólo de duas rodas do PIM? E por fim, por que o O Diretório Central dos Estudantes da UEA (DCE-UEA) não repudia o uso dos incentivos fiscais que as empresas recolhem para o "Fundo da UEA" para fins assistencialistas e outros que não são a manutenção e ampliação da universidade? RONEISON RAMOS - ADM-UEA

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  2. Como suspeitava esse debate sobre os efeitos da ADIN 4832 na UEA era mais um meio de promoção para políticos que nunca fizeram nada pelo Estado. É vergonhoso ver uma instituição que deveria formar opiniões se prestando a esse serviço. Triste e lamentável para os estudantes da UEA.

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  3. Repudiamos qualquer ataque a Universidade e a Zona Franca. Além de ataques que vem de fora é claro que repudiamos o desvio das verbas que saem da UEA para outros fins por parte do governo, a intenção não é defender lado de ninguém. Apenas zelar por um bem que é nosso.

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