Objetivo é estimular comunidade acadêmica a desenvolver e produzir novos conteúdos em ambientes digitais
O Ministério da Educação (MEC) estuda criar uma política nacional de conteúdos digitais para as escolas. Segundo informações da Agência Brasil, a ideia é incentivar as universidades a produzir esses conteúdos.
A secretária de Educação Básica do MEC, Maria Beatriz Luce, adiantou que"o foco é pensar como podemos estimular as universidades, estudantes universitários, grupos de pesquisa para desenvolver esses conteúdos".
O MEC trabalha em conjunto com outros ministérios como o da Ciência, Tecnologia e Inovação e o do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. "Creio que não será complicado avançarmos bastante nos próximos meses. Espero que sim", disse Luce.
Para a secretária, o ensino precisa de inovações; de desenvolvimento científico e tecnológico. "Precisamos trabalhar na formação de pessoas e fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação no campo da educação. Pensar não apenas na aquisição [de conteúdos digitais], mas principalmente em fomentar o desenvolvimento de produtos que cheguem à escola", disse.
Para que isso seja feito, a secretária destaca a necessidade de mais recursos, o que já está previsto no Plano Nacional de Educação (PNE), que deve ser sancionado até a próxima semana. A questão esbarra, contudo, em uma política curricular para o país: "Teremos que ter como referência a legislação vigente. Vamos ter que avaliar essas tecnologias para aquiri-las para nossas escolas", ressaltou. Outra questão, segundo ela, é a expansão do uso de tecnologias digitais para a formação de professores da educação básica.
Beatriz participou nesta última quarta-feira (18) do lançamento do projeto Geekie Games. Na ocasião, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Chico Soares, ressaltou a necessidade do uso dos conteúdos digitais: "Os jovens e as crianças de hoje já foram criados em outro ambiente, da máquina, do computador. Precisamos de ferramentas novas".
Sobre a entrega de tablets para os professores dos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, anunciada no ano passado pelo então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, Beatriz diz não ter conhecimento sobre quando isso será feito. "Que eu tenha conhecimento, não [vai ser feita essa ano]" destacou.
Plano Nacional de Educação
A Câmara dos Deputados aprovou no começo do mês de junho, por unanimidade, o Plano Nacional de Educação (PNE). O projeto de lei estabelece 20 metas a serem cumpridas nos próximos 10 anos para elevar os índices educacionais brasileiros. O texto agora segue para a sanção presidencial.
O novo PNE apresenta dez diretrizes objetivas e 20 metas, seguidas das estratégias específicas de concretização. O texto prevê formas de a sociedade monitorar e cobrar cada uma das conquistas previstas estabelece 20 metas a serem cumpridas nos próximos dez anos.
Dentro desse período, o governo deve destinar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação - atualmente são investidos menos de 6% do PIB. Além disso, as outras diretrizes determinadas pelo texto-base contemplam:
- A erradicação do analfabetismo;
- O aumento de vagas em creches, no ensino médio, no profissionalizante e nas universidades públicas;
- A universalização do atendimento escolar para crianças de 4 a 5 anos;
- A oferta de ensino em tempo integral para, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica.
As metas seguem o modelo de visão sistêmica da educação estabelecido em 2007 com a criação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Tanto as metas quanto as estratégias premiam iniciativas para todos os níveis, modalidades e etapas educacionais.
Fonte: Portal do MEC
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